Assunto foi
debatido na reunião de diretoria da FIESC
(foto: Fernando
Willadino)
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Greve já afeta
exportações de SC, alerta presidente da FIESC
O
Estado mais afetado pela paralisação de motoristas, Santa Catarina pode sofrer
as maiores consequências com o bloqueio das estradas, analisa o presidente da
Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte. Na reunião da diretoria da entidade, nesta
sexta (27), Côrte salientou que a agroindústria é o segmento mais prejudicado,
tanto pela interrupção das atividades, quanto pelo risco de interrupção de
contratos de exportação.
“Corremos
o risco de perder um grande patrimônio que levou anos para ser construído, que
é a agroindústria”, alertou Côrte. “Santa Catarina é um Estado livre de febre
aftosa sem vacinação. Além disso, recentemente conquistamos o mercado japonês.
Já estão ocorrendo perdas de contratos de exportação e há risco de perda da
certificação”, salientou.
No
caso do setor lácteo, além das empresas, 50 mil famílias são afetadas. A
impossibilidade de escoar faz com que o leite seja descartado.
Na
reunião, o presidente da Aurora Alimentos, Mario Lanznaster, relatou que a
empresa precisou paralisar as atividades e dispensar 23 mil funcionários, por
causa dos 477 caminhões parados em bloqueios. No campo, a falta de alimento
para tratar a criação pode resultar em canibalismo. Essa situação afeta a
imagem da agroindústria no exterior.