Presidente da FIESC, Glauco José Côrte |
Medidas anunciadas pelo governo aprofundam
a crise, avalia a FIESC
O
presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José
Côrte, disse ontem, em Blumenau, que as medidas anunciadas pelo governo agravam
o cenário econômico. “O pacote aumenta a já elevada carga tributária. A CPMF já
foi rejeitada pela sociedade”, afirmou, lembrando que a promessa de que o
tributo será temporário tem pouca credibilidade. “Antes ela também seria
provisória e durou mais de dez anos. A redução do Reintegra, que devolvia recursos
ao exportador, vai contra o discurso do próprio governo de estimular as
exportações”, disse Côrte durante evento do Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Pomerode
(Simmmeb).
Côrte
também reagiu à pretensão de reduzir em 30% a contribuição ao Sistema S, que é
administrado pela iniciativa privada de setores como indústria, comércio,
agropecuária e transporte, mantendo serviços de formação profissional e de
atendimento ao trabalhador por meio de entidades como SENAI, SESI, SENAC, SESC,
SENAR e SENAT. “Se de fato implementado,
esse corte vai afetar os serviços prestados nas áreas de educação e atendimento
social ao trabalhador. É uma interferência despropositada em recursos do setor
privado, já que a contribuição que mantém o Sistema S é paga pelas empresas”,
disse.
O
presidente da FIESC também falou sobre a infraestrutura deficiente, citando o
estudo divulgado nesta segunda pela FIESC a respeito da BR-470 e disse que o
Estado não pode aceitar a prorrogação das obras para 2022.
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