14 de agosto de 2020

COMBATE A VIOLÊNCIA

 Empoderar para combater a violência contra a mulher

 

“Desde a mais tenra idade somos estimulados a ter sonhos, sejam eles materiais ou imateriais. Os sonhos são desenhos de projetos na busca de uma vida melhor, no encontro da felicidade. Quando conhecemos alguém especial em nossa vida, acreditamos que o amor será eterno, sonhamos em convivência, segurança e família. Mas o que pensar quando os sonhos são ceifados e se tornam pesadelos? E quando a expectativa é bem diferente da realidade? Quando o amor imaginado se transforma em violência?”, pergunta a supervisora do Cras João Pessoa, Tânia Aparecida Furtado de Sousa.

Este é o cenário de toda a mulher que sofre violência pelo companheiro, de sonhos que se dissolvem num misto de dor, frustração e impotência. A violência disfarçada de amor pode devastar a vítima física e/ou psicologicamente, dependendo do tipo de ação do agressor. Não escolhe raça, religião e classe social, mas todo ato agressivo viola o direito da pessoa agredida, seja pelo uso da força física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral. 




A Lei Maria da Penha em seu artigo terceiro destaca que: “Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. Portanto, cabe ao poder público, em suas diferentes políticas, desenvolver mecanismos de proteção às vítimas e de combate à violência, com o propósito de restabelecer todos os direitos citados no artigo.

 

Dentre as políticas públicas de combate à violência, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) realiza o trabalho de prevenção, ou seja, age antecipadamente, por meio de articulação com a rede, nos atendimentos às famílias e nas reflexões com os usuários nas ações coletivas desenvolvidas neste espaço. 

“Nos grupos do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), o tema violência contra a mulher é colocado na roda de conversa para que, a partir dos relatos trazidos pelos usuários, possamos proporcionar reflexões e ampliar o conhecimento sobre o assunto, bem informar sobre os canais de denúncia”, explica a supervisora do Cras João Pessoa, Tânia Aparecida Furtado de Sousa. 

São comuns os relatos sobre situações que tomaram conhecimento pelas redes sociais, imprensa, ou de violência sofrida por familiar mas, dificilmente é expressada na roda a violência sofrida por medo de julgamentos, dos mitos que colocam a mulher como culpada pela agressão e não como vítima. Entretanto, todas as discussões e provocações reflexivas proporcionadas no grupo, além do estabelecimento do vínculo de confiança com a equipe do Cras, contribuem no encorajamento para expor o sofrimento, em atendimento individual e, a partir deste momento, são realizados encaminhamentos para garantir a proteção da mulher. 

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