14 de janeiro de 2016

ECONOMIA

Maiores quedas foram registradas pelos produtos básicos

(Foto: Markito)


Santa Catarina fecha 2015 com queda de 15% nas exportações

Contudo, a redução das compras externas foi maior, gerando queda no déficit da balança estadual


As exportações catarinenses fecharam 2015 em US$ 7,644 bilhões, valor 15% inferior ao registrado em 2014. O resultado de Santa Catarina está alinhado com o desempenho nacional, que foi negativo em 15,1%. Entre os dez principais produtos embarcados no Estado, os maiores recuos foram registrados pela soja (-30,1%), motores e geradores elétricos (-27,6%) e carne suína (-24,7%). O frango, principal produto exportado pelo Estado, teve recuo de 16,2% na mesma comparação. A única alta foi relatada pelo setor de móveis e madeira, que faturou 0,9% a mais. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Com o resultado do ano passado, as vendas externas do Estado voltaram ao nível de 2010, quando o faturamento foi de US$ 7,582 bilhões.

“A principal explicação para a queda no valor das exportações catarinenses em 2015 é a redução dos preços no mercado internacional de itens relevantes em nossa pauta, como a carne e a soja”, explica o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

As importações catarinenses em 2015 caíram mais do que os embarques (21,3%) na comparação com o ano anterior, para US$ 12,613 bilhões. As maiores reduções foram registradas pelo cobre (-41,9%), veículos e autopeças (-31,5%) e ferro e aço (-26,6%).

Em 2015, a indústria de carnes de Santa Catarina enfrentou aumento nos custos de produção, greve de fiscais sanitários e redução no poder de compra das famílias, mas a desvalorização cambial proporcionou aumento das receitas em reais. No comércio exterior, o segmento sofreu com o fraco desempenho do mercado no Japão, Rússia e Europa. A abertura de novos mercados continua, mas ainda é alta a dependência do segmento para os principais clientes (Japão e Rússia representam mais de um quarto do total).


Os segmentos de máquinas e equipamentos, madeira, móveis e produtos cerâmicos devem ser favorecidos pela retomada do crescimento dos Estados Unidos, avalia Côrte.

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