22 de novembro de 2014

ELEIÇÕES

Senador Luiz Henrique
Proposta de Luiz Henrique proíbe divulgação de pesquisas próximas às eleições

Adiada para a próxima semana votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que proíbe divulgação de pesquisas de opinião quinze dias antes dos 1º e 2º turnos eleitorais.

Após aprovação do relatório do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-RR), favorável à PEC, foi pedida vista coletiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) mpara análise mais aprofundada da matéria.
Ao defender sua proposta, Luiz Henrique declarou que “as pesquisas eleitorais revelaram-se de tal gravidade manipuladas”, que o próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral e também membro do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, concordou com uma regulamentação severa do setor.
- Quem tem poder e é dono do capital, contrata e publica pesquisas favoráveis aos seus interesses e induz o eleitor até na véspera das eleições- declarou Luiz Henrique, ao ressaltar a importância da aprovação da medida como parâmetro de igualdade de condições entre os candidatos.
Como exemplo dos graves erros dos institutos de pesquisas em todo o país, o senador voltou a mencionar as últimas eleições municipais de Joinville/SC. Com uma diferença de 9,3%, o Ibope derrotou o prefeito vitorioso, Udo Döhler, na véspera do pleito de 2012. A margem de erro foi de 22,3%, o que corresponde a cerca de noventa mil eleitores.
- Quantos candidatos perderam eleições por conta do poder indutor de pesquisas eleitorais imprecisas, improváveis, inexatas, manipuladas e encomendadas? – indagou Luiz Henrique, com a concordância de senadores.

O relator, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), apelou pela aprovação da PEC e concordou com o autor quanto à influência das pesquisas próximas à eleição no voto do eleitor. E justificou: enquanto jornais, televisões e rádios são obrigados a dar espaço proporcional a todos os candidatos, o instituto contratado divulga o que interessa apenas ao seu cliente. “Isso é antidemocrático”, criticou.

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