3 de março de 2014

INVESTIGAÇÃO

Ex-vereador de Guaramirim Caubi  dos Santos
Polícia Federal pede que investigação sobre Manoel Dias vá para o STF
A Polícia Federal concluiu inquérito sobre desvio de recursos do Ministério do Trabalho e pediu à Procuradoria-Geral da República a abertura de investigação sobre o titular da pasta, Manoel Dias (PDT), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme relatório concluído na semana passada e remetido à Justiça, há indícios da participação do ministro catarinense em esquema para empregar militantes do PDT como funcionários fantasmas de uma entidade que firmou convênios de R$ 11 milhões com o ministério. 

A investigação da PF partiu de revelações de um ex-dirigente do PDT em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em setembro do ano passado. Ex-presidente da juventude do partido em Santa Catarina, John Sievers contou que em 2008, a mando de Manoel Dias, recebia pagamentos mensais da ONG ADRVale, com sede em Brusque e comandada por pedetistas. Na prática, porém, prestava serviços à Universidade Leonel Brizola, braço da legenda para a formação política da militância.  

À PF, Sievers entregou extratos bancários e informou ter recebido da ADRVale, após acerto com Dias na sede do PDT em Florianópolis, valores que variam de R$ 800 a R$ 1.335, entre fevereiro e outubro de 2008, na condição de vigilante e assistente.


Também envolvido, o ex-vereador pelo PDT em Guaramirim Caubi dos Santos Pinheiro figurava na folha da entidade como vigilante. Em depoimento, disse desconhecer como seu nome foi parar ali e desonfiar “que sua inclusão no cadastro de empregados tenha sido realizada como forma de ‘esquentar’ o dinheiro gasto em outra atividade.” 
A PF pediu explicações ao ministro, mas não pôde intimá-lo, já que ele tem foro privilegiado. 

Na época, o ministério era comandado por Carlos Lupi (PDT), que deixou o cargo em 2011, após denúncias de que cobrava propina para liberar o registro de sindicatos e de desviar recursos do partido.

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