6 de julho de 2014

POLÍTICA


Senador Paulo Bauer confirmado candidato a governador
Alianças de última hora no cenário eleitoral de SC

O processo de formação de alianças para as eleições em Santa Catarina deixou feridas para serem cicatrizadas nos principais palanques que disputam o governo do Estado. Além das lideranças que saíram chamuscadas por articulações que não deram resultado, a batalha pré-eleitoral deixou pelo menos duas vítimas fatais: a histórica tríplice aliança e tentativa de reunir na mesma coligação os tradicionais rivais PMDB e PP.



A primeira morte era anunciada: com a aproximação do governador Raimundo Colombo (PSD) e da presidente Dilma Rousseff (PT) dificilmente haveria espaço para a repetição da aliança que reuniu PMDB, PSDB e DEM — este último substituído pelo PSD.


Ponticelli teve o nome vetado pelo PMDB
e virou vice de Paulo Bauer


A resistência de Ponticelli em abrir mão da vaga de senador na chapa fez os peemedebistas aprovarem o ex-prefeito Dário Berger (PMDB) como candidato avulso — o que levou os pepistas a migrarem para a candidatura de Paulo Bauer (PSDB) às 23h45 de segunda-feira, prazo final das convenções partidárias.

O candidato tucano é um dos poucos que só tem ganhos a contabilizar. Uma semana antes das convenções estava isolado e acabou herdando aliados que seriam naturalmente de Colombo. Além do PP, o PSB também aderiu por causa da estratégia de criar em Santa Catarina uma frente anti-Dilma. 
Sem aliados, o petista Claudio Vignatti conseguiu confirmar sua candidatura ao governo, mesmo com pressão nacional para uma composição com Colombo no Estado. Saiu-se vitorioso na disputa interna que cultiva com a ministra Ideli Salvatti desde a eleição de 2010, quando ele era candidato ao Senado e ela ao governo. Agora, vai precisar provar a viabilidade do projeto para não sair também chamuscado.  

DIÁRIO CATARINENSE

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