LEI
PROTEGE CRIANÇAS DE EXPOSIÇÃO COM CONTEÚDOS IMPRÓPRIOS
Uma lei aprovada na Câmara de Francisco
Beltrão, de autoria do vereador Emanuel Venzo, proíbe a produção, veiculação,
divulgação ou exibição de conteúdos presenciais ou digitais que promovam,
incentivem ou contenham elementos de sexualização ou adultização de crianças e
adolescentes.
“A crescente exposição de crianças e
adolescentes a conteúdos inadequados configura uma forma de violência, que
compromete o desenvolvimento saudável dos menores e fere sua dignidade. O
município deve adotar medidas administrativas voltadas à proteção da infância e
da adolescência em seu território. É isso que estamos fazendo com esta lei”,
justifica Venzo.
Sexualização é a exposição de crianças
ou adolescentes a imagens, sons, coreografias, textos ou encenações que
explorem sua sexualidade de forma inadequada ou precoce. A adultização é a
atribuição a crianças ou adolescentes de comportamentos, vestimentas, gestos ou
falas de cunho erótico ou sensual, incompatíveis com sua faixa etária, em
contextos midiáticos ou artísticos.
A lei proíbe a produção, publicação,
patrocínio ou impulsionamento de conteúdo em plataformas digitais ou redes
sociais que contenha, incentive ou banalize a sexualização ou adultização de
crianças e adolescentes, incluindo canais de vídeo, páginas, perfis, blogs,
podcasts, transmissões ao vivo, aplicativos de mensagens e demais meios
digitais.
Se descumprir a lei, o infrator ficará
sujeito a sanções como advertência por escrito, multa no valor de 500 a 5.000
Unidades de Referência do Município (URMFB), ou seja, pode chegar a R$ 450 mil,
suspensão do alvará de funcionamento por até 180 dias e, dependendo da
gravidade e da reincidência, cassação do alvará de funcionamento. Os valores
arrecadados com a aplicação das multas serão destinados ao Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
A fiscalização caberá à Secretaria
Municipal de Administração e Departamento de Fiscalização, com apoio do
Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Assistência Social. “A nossa
iniciativa segue exemplos bem-sucedidos já adotados em outras cidades e
responde ao clamor social por ações mais firmes contra a erotização precoce e a
exposição indevida de menores, seja em eventos, nas mídias ou plataformas
digitais”, enfatiza Emanuel Venzo.
Fonte - ASCOM Câmara


Nenhum comentário:
Postar um comentário