Governo aciona bandeira
amarela, e preço da energia fica mais caro em julho após 2 anos com bandeira
verde
Pela primeira vez desde abril de 2022, o governo acionou a bandeira amarela para tarifas de energia elétrica para este mês de julho. Com isso, haverá cobrança adicional no valor, deixando o preço da energia elétrica mais caro para famílias e empresas.
Nos últimos 26 meses, a
bandeira permaneceu verde. Ou seja, sem necessidade de acréscimo na conta.
Com a bandeira amarela:
- A tarifa aumenta R$ 1,88 a
cada 100 kilowatt-hora (kWh).
- O consumo médio em uma
casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh
a 200 kWh (sem ar-condicionado).
Em nota, a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel)
explicou que os fatores que levaram à adoção da bandeira amarela são:
▶️ previsão de chuvas abaixo da média no
segundo semestre (cerca de 50% menos que o normal).
▶️previsão de temperaturas acima da média no
inverno, o que levará ao acionamento de aparelhos para amenizar o ambiente.
Com essa conjunção de fatores,
o consumo de energia é estimado em ser maior, ao mesmo tempo em que as
hidrelétricas terão menos água. O governo precisará acionar as usinas
termelétricas, que funcionam a partir da queima de combustível, que são mais
caras que as hidrelétricas.
De acordo com a Aneel, o
sistema de bandeiras — além da verde e da amarela há a vermelha, mais cara —
estimula o próprio consumidor a controlar sua tarifa, economizando energia e,
assim, diminuindo a necessidade do sistema todo de acionar as termelétricas.
“Essa é a primeira alteração
na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde.
Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que
contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a
necessidade de acionar termelétricas”, escreveu a agência.
Bandeira amarela mais barata
Em março, a Aneel aprovou
redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Com o ajuste,
os preços ficaram assim:
- bandeira verde (condições favoráveis de
geração de energia) – sem custo extra;
- bandeira amarela (condições menos
favoráveis) – redução de 37% em relação ao valor anterior. A tarifa será
de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh.
- bandeira vermelha patamar 1 (condições
desfavoráveis) – redução de 31% em relação ao valor anterior. A tarifa
será de R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$ 4,46 a cada 100 kWh.
- bandeira vermelha patamar 2 (condições
muito desfavoráveis) – redução de 20% em relação ao valor anterior. A
tarifa será de R$ 78,77 por MWh utilizado; ou R$ 7,87 a cada kWh.
Na época, a Aneel justificou
que as condições dos reservatórios permitiam essa adequação nos preços das
bandeiras.
Fonte: G1
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