25 de janeiro de 2012

MAIS DE 20 VÍTIMAS DE ESTELIONATO

Desde que a Polícia passou a divulgar o “golpe da arara”, praticada pela empresa Lion Comércio de Tintas, o número de vítimas que registram Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Jaraguá, aumenta a cada dia. Mais de 20 pessoas já procuraram o delegado David Queiroz de Souza. “Elas vendem produtos e não recebem. São vítimas de várias cidades da região e do Rio Grande do Sul. O prejuízo ultrapassa a R$ 1milhão”, informa o delegado. O golpe é antigo: a empresa fantasma utiliza o CNPJ (sem restrição no SPC) e efetua compras a prazos. Em alguns casos, até chegam a pagar a entrada, mas o restante do valor nunca mais é quitado. A Lion funcionava na Vila Lalau, em Jaraguá. Depois que as vítimas apareceram, o local foi fechado e os sócios nunca mais foram vistos. Uma relojoaria da região vendeu relógios à empresa. A proprietária registrou BO e afirma que não recebeu o valor. Um supermercado de Jaraguá do Sul também saiu no prejuízo após vender várias cestas básicas. Um fabricante reclamou o prejuízo de R$ 20mil após vender armários de banheiro. Outro comerciante perdeu R$ 5 mil ao negociar uma máquina de costura. Uma empilhadeira de R$ 98mil também foi vendida para a Lion Comércio de Tintas, que efetuou a entrada de R$ 10mil, mas não quitou o restante das prestações. Existem essencialmente dois tipos de empresas “Arara”:


Araras Novas: São empresas criadas desde o inicio com o intuito de serem usadas para fins fraudulentos. Durante um tempo realizam compras à vista e pagam regularmente para ganhar credibilidade. Quando chegarem no “ponto certo”, em curto espaço de tempo realizam muitas compras a prazo e depois desaparecem.

Araras Antigas: São empresas com um bom histórico no mercado que, em certo ponto de sua existência, são adquiridas ou “alugadas” por golpistas (usando documentos falsos). O intuito é usar o histórico e a credibilidade da empresa para poder realizar grande volume de compras a prazo e depois desaparecer sem pagar.

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