Apenas 30 por cento dos brasileiros estão satisfeitos com a balança. Cerca de 43 por cento deles se consideram "um pouco acima do peso" e, para emagrecer, 12 por cento deles procuram métodos não recomendáveis, como o uso de remédios emagrecedores. Os dados fazem parte de um estudo da Nielsen Holding, empresa especializada em pesquisa de consumo. A nutricionista do Hospital Federal Cardoso Fontes, vinculado ao Ministério da Saúde, Vilma Pires, não recomenda o uso de medicação, nem de dietas radicais. Segundo ela, esses métodos nem sempre alcançam o objetivo esperado. Ainda de acordo com a especialista, é preciso evitar bebidas alcoólicas, industrializadas e produtos embutidos que contenham gordura. O Ministério da Saúde indica uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Com essa dupla, é possível ter um bom resultado na balança em até três meses. 
Obesidade cresce mais entre crianças
As crianças de 5 a 9 anos estão mais gordinhas. A constatação é baseada em uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), que revelou aumento do percentual de crianças com sobrepeso e obesidade no Brasil nessa faixa etária. O sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas nessa faixa etária. De acordo com a presidenta do Departamento de Obesidade da Sociedade, Rosana Radominski, esse quadro é alarmante. Isso tem a ver com a mudança da cultura. Hoje, tem uma inversão nutricional— analisou a especialista, que vê também a influência de programas assistenciais, como o Bolsa Família, na mudança dos hábitos alimentares. Segundo a médica, há maior ingestão de açúcar, de alimentos gordurosos e industrializados, em vez de alimentos naturais. Outro problema, aponta, é a redução da prática de atividades físicas.
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