Paralisação
afeta intensamente 70% das indústrias catarinenses
Faturamento das empresas já foi afetado
Tomaz Silva/Agência Brasil
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Sondagem realizada pela FIESC com 905
empresas mostra que quase metade delas estima prejuízos de pelo menos 20% do
faturamento mensal
A paralisação dos
caminhoneiros afeta intensamente 70% das indústrias do Estado que responderam à
pesquisa realizada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC)
divulgada nesta terça-feira (29).
Conforme o levantamento, realizado com 905
empresas, quase metade das companhias que participaram estimam prejuízos de
pelo menos 20% do faturamento mensal.
Entre as grandes indústrias, 86% estão muito
ou totalmente afetadas, sendo que 30% das empresas desse porte estão totalmente
paralisadas.
“Essa paralisação tem dois efeitos: um é
imediato, que são as perdas. O Brasil deixou de exportar 1 bilhão de dólares.
Só a agroindústria no País deixou de exportar 350 milhões de dólares, além de
todas as consequências como o rompimento de contratos e a aplicação de
penalidades ao exportador que atrasou a entrega. Um dos efeitos de longo prazo,
e talvez o mais perverso, é a quebra da confiança porque o mundo está muito
competitivo”, avalia o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. “É uma situação
difícil que atinge duramente a indústria e a economia catarinense”, afirma.
O levantamento apontou ainda que 31% das
empresas preveem somente férias coletivas, enquanto que 13% consideram a
possibilidade de desligamentos de funcionários.
Em relação aos segmentos industriais,
consideram-se muito afetadas ou paralisadas as indústrias do setor
agroalimentar (83%), bens de capital (82%), têxtil e confecção, celulose e
papel (78%), produtos químicos e plásticos e automotivo (80%) e cerâmico (60%).
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