24 de março de 2016

AMEAÇA DE GREVE

Funcionalismo público pode fazer primeira paralisação da história


O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais – Sinsep, Luiz Cézar Schorner, confirmou a possibilidade de que ocorra a primeira paralisação de servidores públicos por tempo indeterminado na história do município. A afirmação foi feita por ele durante a sessão na Câmara Municipal em que participou a convite de requerimento assinado pelos vereadores Arlindo Rincos, Jeferson de Oliveira, Jair Pedri e João Fiamoncini.
Segundo o representante da categoria, a decisão foi tirada de forma unânime, pelos cerca de 600 servidores presentes à assembleia realizada pelo sindicato na noite de ontem, 21. Até o momento, informou, a administração municipal não apresentou qualquer proposta, quer seja a reposição da inflação total ou parcial, em pagamento integral ou parcelado.
Schorner afirmou que o sindicato e os servidores são solidários e entendem o momento político e econômico. No entanto, avaliam que a administração deveria apresentar uma pauta de revisão, para que as discussões possam avançar, como ocorreu inclusive em municípios com maior comprometimento da folha. Em Jaraguá do Sul, o comprometimento da folha de pagamento em relação ao exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51,77%.
“Os servidores estão dispostos a negociar, mas rejeitam qualquer tipo de situação que não seja marcar uma nova assembleia, dia 29, no pátio da Prefeitura, com deliberação de greve geral caso a Prefeitura não apresente uma proposta de revisão, ainda que parcelada”, declarou o presidente, destacando a importância do papel dos vereadores na mediação política, além de analisar, emendar e votar os projetos.
Projeto reduz em 50% o percentual das gratificações
O presidente do Sinsep também manifestou-se sobre o PLC 15/2015, um dos motivos para o convite a Câmara. O projeto reduz em 50% o percentual das gratificações atribuídas aos servidores. A posição do sindicato é contrária à proposta, “por prejudicar os servidores de carreira”.

Luiz Schorner também afirma que não há, na proposta, isonomia em relação aos servidores comissionados, o que, segundo ele, pode ser aplicado a partir de uma alteração na Lei Orgânica do município.

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