Alimentação
é grupo que mais pesa na inflação apurada pelo IBGE
O consumidor está assustado com os valores de
frutas e verduras. Os impostos que já deixaram várias contas mais caras, como a
alta de combustíveis, energia elétrica e principalmente do dólar, incidiram diretamente
no valor dos alimentos.
De
todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE na hora de apurar
a inflação, o que mais pesou no mês passado foi o de alimentos. E não é normal
pra essa época os alimentos não darem uma trégua.
Seu Antônio planta cebola no interior de São Paulo. Este ano, faltou
água e isso prejudicou a lavoura dele e de muita gente. “O que nós plantávamos aqui diminuiu 30%”,
disse Antônio Pila Mengale, produtor de cebola.Com menos cebola para vender, o
preço subiu pro consumidor. E também teve aumento de custo pra quem vive da
roça. “O adubo, veneno, essas coisas, tá tudo muito caro e cada vez subindo
mais, o diesel subindo, então fica muito difícil da gente produzir a cebola”,
explicou Antônio.
A 260 quilômetros do sítio do Seu Antônio, Dona Josefa sente de perto
todos esses problemas. E
pergunta: Você viu o preço da cebola, do quilo? R$ 7,99.
Está horrível, acho que é melhor eu cozinhar sem temperar, procurar outro tipo
de tempero, não a cebola, porque tá uma facada!
Neste ano, a cebola dobrou de preço no país. “A gente acaba colocando um cheirinho verde, alguma coisa pra suprir a
cebola, o tomate, essas coisas”, diz uma mulher. Bem lembrado. Tem o tomate também, que subiu 80% desde o começo do ano.
Cenoura,
alho e batata também estão mais caros. Os preços dos alimentos in natura
subiram em média 16% de janeiro pra cá no estado de São Paulo.
“É o claro aumento de custos que aconteceu no primeiro trimestre do
ano, encareceu energia elétrica, taxa de água e esgoto, combustíveis que afetam
o preço do frete”, diz o economista Fábio Romão.
E para driblar esses aumentos Paulo usa uma velha receita: “Você
diminui isso, troca por outros alimentos e vai tentando se virar”, conta Paulo. (Jornal Nacional)
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