24 de junho de 2015

LEI DAS CALÇADAS

Lei das calçadas recebe pedido de vista


A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul realizada nessa terça-feira (23/06) foi marcada pela deliberação do projeto de lei que trata das calçadas do município.

Durante a reunião também foram votadas duas emendas relativas ao projeto. João Fiamoncini acredita que todos os vereadores são favoráveis as calçadas. Segundo ele, o projeto chegou a Câmara com um valor de multa de 20 UPM, unidade Padrão Municipal, para aqueles que estivessem com suas calçadas em situação irregular, mas o montante foi considerado alto demais. “Ninguém está aqui para tirar recursos do proprietário do imóvel, mas é uma maneira de fazer com que os moradores prestem atenção”, afirma.

Fiamoncini calcula que 20 UPM se converteriam em R$ 2.740 caso a multa máxima fosse aplicada, com a emenda que sugere a redução da penalidade para 10 UPA, o valor máximo que o município pode cobrar será de R$ 1.370. “Acho que esse valor é mais simbólico”, comenta. O vereador avalia que, dependendo do material que usar, o proprietário vai gastar menos que o valor da multa para fazer a calçada. “Acredito que ele vá preferir construir a ser multado”, declara.

Jeferson de Oliveira ressaltou a importância da primeira emenda. “Precisa e será cobrado, mas não achamos justo passar essa despesa para o munícipe que muitas vezes não constrói a calçada porque não tem condições”, declara. Para ele é preciso cobrar também responsabilidade do município.

Em seguida, os parlamentares votaram o parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final sobre a segunda emenda do projeto que versa sobre a possibilidade de órgãos públicos também serem multados pela falta de muros e passeios. Jeferson de Oliveira questiona o porquê de somente os munícipes serem punidos. O parecer contrário foi mantido por 6 votos favoráveis.

O vereador Jocimar de Lima se declarou contrário ao projeto. Ele acredita que a lei é arbitrária. “Se a própria prefeitura não possui obrigação, porque os munícipes teriam?”, indaga. Para ele, a lei irá gerar uma “fábrica de multas”.

O líder de governo na Câmara, Pedro Garcia, afirma que a lei já existe e já penaliza. “O que estamos fazendo hoje é alterar o indexador de reais para UPM, assim a prefeitura terá amparo jurídico para de fato fiscalizar e cobrar”, explica.

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