Intersindical distribuiu panfletos aos trabalhadores |
Sindicatos nas ruas
contra o ataque aos direitos da classe trabalhadora
O movimento sindical
de Jaraguá do Sul e Região (Intersindical dos Trabalhadores) foi às ruas na
sexta-feira (29) para entregar aos trabalhadores e à população em geral um
manifesto contra o Projeto de Lei que institui a terceirização sem limites no
país (o PL 4330 foi aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente aguarda
votação pelo Senado, sob o nome de PLC 30) e contra as medidas provisórias 664
e 665, do governo federal, que retiram direitos dos trabalhadores.
A
panfletagem começou de manhã, pelas ruas do centro da cidade, praça Ângelo
Piazera e Terminal Urbano e prosseguiu no período da tarde, com a entrega do
informativo aos trabalhadores nas quatro portarias da empresa Weg, horários de
entrada e saída de turnos.
A Intersindical dos
Trabalhadores é integrada pelos Sindicatos de Alimentação, da Construção e do
Mobiliário, dos Eletricitários, dos Empregados no Comércio, dos Metalúrgicos,
dos Químicos, dos Servidores Públicos Municipais, dos Trabalhadores da
Educação, da Saúde e dos Trabalhadores do Vestuário de Jaraguá do Sul e Região.
A intenção do movimento é explicar à população que o PLC 30, como está previsto
até o momento, representa "a terceirização de todas as atividades
profissionais", além da "redução de 30% do salário, dos direitos
trabalhistas, aumento da jornada de trabalho, maior adoecimento e acidentes de
trabalho". O informativo contém ainda os endereços eletrônicos e telefones
dos três senadores catarinenses, pedindo para que a população ligue, envie
mensagens pelo celular ou email, para pressioná-los a rejeitarem o PLC 30 da
terceirização.
Desmonte da
atividade-fim
A terceirização
"significa o desmonte da atividade-fim. Na prática, haverá a contratação
de um mesmo trabalhador por dois empresários". A avaliação é do deputado
federal Pedro Uczai (PT/SC), que esteve pela manhã em Jaraguá do Sul para
acompanhar a entrega de cinco ônibus que farão o transporte escolar no
município, repassados com recursos do Programa do governo federal
"Caminhos da Escola". O deputado critica os defensores da
terceirização: "Eles dizem que é para melhorar a competitividade, para
modernizar e aprimorar a segurança jurídica dos trabalhadores, mas na verdade a
lei da terceirização não quer regulamentar os 12,5 milhões de terceirizados
existentes hoje no Brasil, ela quer, isto sim, desregulamentar os outros 33
milhões de brasileiros formalmente contratados no país".
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