20 de maio de 2015

DEMISSÕES

 Do total de funcionários demitidos, 120 são da produção


Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS

Mannes, de Guaramirim, fecha segundo turno e demite 157 funcionários


A diminuição de 50% do faturamento da Mannes levou a empresa a demitir 157 funcionários no início desta semana em Guaramirim. A rescisão dos contratos começou a ser assinada nesta quarta-feira e deve se estender até o final da próxima semana.

Muitos empregados estão insatisfeitos com o modo como a empresa propôs o pagamento dos direitos trabalhistas, em parcelas que podem chegar a 16 meses. O depósito do FGTS de alguns colaboradores também está atrasado há quatro meses, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Jaraguá do Sul e região.

Do total de funcionários demitidos, 120 são operários da fábrica e 37 trabalhavam no setor administrativo. O administrador Paulo Campos, porta-voz da empresa, admite que a empresa não pode arcar imediatamente com todos os custos da rescisão, estimados em R$ 1,6 milhão. Ele afirma que, primeiro, serão pagos aqueles com salários menores e menos tempo de casa.
A maioria dos funcionários deve receber todos os direitos trabalhistas entre três e quatro meses. O pagamento do FGTS também será normalizado no momento da homologação, segundo Campos.

Paulo Campos afirma que foi necessário interromper a produção durante o segundo turno - mas que o período normal e o primeiro turno estão mantidos. A empresa, que pediu recuperação judicial em março de 2014, emprega 500 pessoas.


— Tivemos aumento de 20% no custo dos insumos, principalmente por causa da alta do dólar, e a crise nacional fez com que muitas grandes redes congelassem os pedidos. Não podemos repassar o prejuízo e reajustar os preços neste momento. Então, esta é a saída que encontramos para voltar a ser uma empresa viável. É uma questão de sobrevivência — justifica Campos. A NOTÍCIA

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