Do
total de funcionários demitidos, 120 são da produção
Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
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Mannes,
de Guaramirim, fecha segundo turno e demite 157 funcionários
A diminuição de 50% do
faturamento da Mannes levou a empresa a demitir 157 funcionários no início
desta semana em Guaramirim. A rescisão dos contratos começou a ser assinada
nesta quarta-feira e deve se estender até o final da próxima semana.
Muitos empregados estão insatisfeitos
com o modo como a empresa propôs o pagamento dos direitos trabalhistas, em
parcelas que podem chegar a 16 meses. O depósito do FGTS de alguns
colaboradores também está atrasado há quatro meses, de acordo com o Sindicato
dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Jaraguá do Sul e região.
Do total de funcionários
demitidos, 120 são operários da fábrica e 37 trabalhavam no setor
administrativo. O administrador Paulo Campos, porta-voz da empresa, admite que
a empresa não pode arcar imediatamente com todos os custos da rescisão,
estimados em R$ 1,6 milhão. Ele afirma que, primeiro, serão pagos aqueles com
salários menores e menos tempo de casa.
A maioria dos funcionários
deve receber todos os direitos trabalhistas entre três e quatro meses. O
pagamento do FGTS também será normalizado no momento da homologação, segundo
Campos.
Paulo Campos afirma que foi
necessário interromper a produção durante o segundo turno - mas que o período
normal e o primeiro turno estão mantidos. A empresa, que pediu recuperação
judicial em março de 2014, emprega 500 pessoas.
— Tivemos aumento de 20% no custo dos insumos,
principalmente por causa da alta do dólar, e a crise nacional fez com que
muitas grandes redes congelassem os pedidos. Não podemos repassar o prejuízo e
reajustar os preços neste momento. Então, esta é a saída que encontramos para
voltar a ser uma empresa viável. É uma questão de sobrevivência — justifica
Campos. A NOTÍCIA
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