Na quarta rodada de negociações entre
trabalhadores e empresários, as duas partes chegaram a um consenso, ontem: o
piso regional deve ser reajustado em 9,3%, em média. Os trabalhadores começaram
a reunião com a proposta de 10%, abaixo dos 12% sugeridos no início das
negociações. E os empresários chegaram à mesa com 8,5%. O reajuste intermediário
foi fruto, segundo o economista do Dieese-SC, José Álvaro Cardoso, de uma
negociação madura. Os argumentos principais da classe trabalhista foram que a
economia brasileira estaria entrando em uma fase de recuperação e que as
reinvindicações históricas do empresariado têm sido atendidas, como a
desvalorização do real, a redução da carga tributária e dos juros. Os
empresários argumentaram que a crise econômica mundial tende a ser de longo
prazo, especialmente na Europa, e apontaram a desaceleração do crescimento
brasileiro e o risco de desindustrialização. O presidente da Câmara de Relações
Trabalhistas da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Durval Marcatto Júnior,
diz que contribuíram para o acordo a divulgação recente do INPC, que fechou 2012
com aumento de 6,5%, e o reajuste de 9% do salário mínimo nacional. O resultado
da negociação será encaminhado ao governador, para que seja enviado para
aprovação da Assembleia Legislativa. Os reajustes são retroativos a
janeiro.
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