21 de novembro de 2012

Um desafio para os novos prefeitos
Faltam pediatras


A saúde foi o mote da campanha dos prefeitos eleitos ou reeleitos em 2012. Acreditando que os novos mandatários irão cumprir a promessa, antes de mais nada depara-se com o problema da “falta de médicos”, e num caso bem especifico, faltam médicos pediatras. O que farão os prefeitos para resolver esse problema? Certamente que salários melhores podem amenizar o problema atraindo profissionais de outras regiões do país. Esse drama da falta de pediatras vem se agravando nos últimos anos. Na maioria das vezes as crianças são atendidas por enfermeiros ou clínicos gerais. De acordo com reportagem do Fantástico, a explicação para faltar mais pediatras do que outros médicos começa nas faculdades: os alunos de medicina estão desistindo da pediatria. “Até uns dez anos atrás, um quarto dos cem alunos de cada turma da santa casa tinham essa preferência, pediatria. No correr do último decênio, nós notamos que houve uma queda no interesse, conta o pediatra Júlio Toporovski. “Se nós não fizermos nada hoje, nós não teremos pediatras no futuro”, alerta Gloria Barreto Lopes, presidente da Sociedade catarinense de Pediatria. De norte a sul do Brasil a situação é sempre a mesma. Faltam médicos para atender as crianças. Mas por quê? Por que tantos pediatras estão pedindo demissão? E por que os estudantes de medicina não querem mais saber dessa especialidade? Contra a carreira de pediatra, conta o fantasma dos telefonemas a qualquer hora do dia ou da noite. “A criança não te diz o que sente, muitas vezes. É um trabalho de detetive. Você olha para ela entrando, olhando, vendo e tal, a mãe te dá uma noção. Você precisa ter paciência e ir juntando as pecinhas pra conseguir chegar a um diagnóstico”, afirma a pediatra Daniele Castro. “Não vale a pena fazer consultório ganhando o que esses planos e seguradoras de saúde pagam”, desabafa Daniele.

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