27 de maio de 2011

CI DO ÔNIBUS OUVE PREFEITO E ENCERRA TOMADA DE DEPOIMENTOS

Após depoimento vereadores conversam com a imprensa



Em depoimento aos integrantes da Comissão de Inquérito (CI) do ônibus, em seu gabinete, às 17 horas, desta sexta-feira (27), o prefeito Nilson Bylaardt (PMDB), negou todas as acusações imputadas a ele pelo ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Ademir Tank (PPS). Em seu depoimento Tank afirmou que o prefeito “mandou sumir com o ônibus”. Bylaardt rebateu afirmando que apenas solicitou a sua equipe que retirasse do Parque de Exposições todos os equipamentos para construção de uma Escola Técnica (CEDUP) e fossem colocados para um futuro leilão. Também nega a outra acusação do ex-secretário, de que ofereceu dinheiro para que o mesmo deixasse o cargo. “Novamente fato inverídico, eu comuniquei a direção do PPS a exoneração do secretário. Como se trata de uma pessoa que tem família, achei bem mais interessante que ele saísse da prefeitura pela porta da frente”. O prefeito também criticou a atuação da CI. “Nosso município tem mais de 35 mil habitantes e não é por causa de meia dúzia de pessoas que fazem coisas erradas que toda a população tem que pagar, o nosso momento é de trabalho”, disse ele. Após o depoimento, o relator Diogo Junckes (PR) afirmou que o depoimento do prefeito se constituiu em “abuso de poder”. “Ele usou de foro privilegiado, se trancou no gabinete, num desrespeito ao legislativo, a população e a imprensa, que não teve acesso ao depoimento”. Para o presidente da CI, Jaime de Ávila (PT), o depoimento do prefeito foi uma repetição dos depoimentos de todos os ocupantes de cargos comissionados. “A impressão é que estavam todos combinados, porque mudavam algumas palavras, mas o conteúdo foi sempre o mesmo”. Sobre outras denúncias que surgiram durante os depoimentos, como foi o caso das ambulâncias enterradas, Ávila disse que não eram foco da CI. “Esses fatos surgiram no decorrer dos trabalhos. A vinda do ônibus também não era o objeto da CI, mas nada impede a câmara de fazer isso” explica. O relator Diogo Junckes informou ainda que o próximo passo é a elaboração do relatório final que será enviado ao Ministério Público e a Polícia Federal.

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