Campanha pretende castrar 2300 animais a partir de outubro
Controlar a população de animais que vivem soltos na rua, muitos deles
abandonados ou vindos de famílias de baixa renda, sujeitos a maus tratos e se
reproduzindo sem nenhum controle. Por estes motivos, a Prefeitura de Jaraguá do
Sul, por meio da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Jaraguá do Sul e Fundação
Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), se prepara para lançar uma campanha de
castração para esterelizar 2300 cães e gatos, em especial as fêmeas, a partir
de outubro.
Segundo o secretário de Saúde, Alceu Moretti, este serviço já é
oferecido pelo Município às famílias de baixa renda pelo setor de Zoonoses. “Em
2019, foram castrados perto de 300 animais. Agora com os recursos de R$ 515 mil
liberados recentemente pelo prefeito Antídio Lunelli, acreditamos que poderemos
implementar este serviço que além da castração prevê a chipagem destes cães e
gatos”, argumentou.
A campanha também tem como foco desburocratizar o processo existente.
“Hoje, da solicitação do munícipe até o procedimento com o médico veterinário
são pelo menos seis etapas que precisam ser obedecidas. Para agilizar este
processo será desenvolvido um aplicativo específico para serviço”, adiantou o
presidente da Fujama, Normando Zitta.
A iniciativa também deverá contar com apoio de organizações não
governamentais (ONGs) que atuam na proteção de animais na cidade. “A ideia é
que essas entidades nos ajudem na triagem dos animais que passarão pelo
procedimento. Sempre lembrando que a campanha é direcionada às famílias com
renda de, no máximo, cinco salários mínimos”, argumentou Moretti. Até o
momento, quatro destas entidades já oficializaram apoio à iniciativa.
Tanto o secretário da Saúde como o presidente de Fujama concordam que
quantidade de cães e gatos que circulam pelas ruas do Município é significativa
o que, na opinião deles, justifica a medida. “A estimativa é que hoje tenhamos
perto de 4500 animais entre errantes, semierrantes (que ficam na rua na maior
parte do tempo, mas depois voltam para casa dos donos) ou que pertençam a
famílias de baixa renda”, projetou Zitta.
Já Alceu Moretti argumenta sobre a questão do abandono dos animais domésticos
que se agrava principalmente no fim do ano, “Neste período, algumas famílias
viajam em férias e simplesmente deixam o seu bicho largado à própria sorte, por
vezes em vias públicas, sem água e comida; Temos que levar em conta que nesta
condição de errantes além da reprodução sem controle. eles também contribuem
para proliferação de vetores de doenças, algumas transmitidas pelas fezes e
urina como toxoplasmose ou o conhecido bicho geográfico, entre outras.”
Mais apoio – Além da Saúde e da Fujama, outros segmentos da Prefeitura
poderão contribuir para esta campanha como a Secretaria de Assistência Social e
Habitação. Em áreas como o loteamento Harmonia, Souza e Santo Antônio a
Diretoria de Habitação da pasta já conseguiu um parceiro para o cadastro de
animais a serem castrados.
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