12 de julho de 2015

INFLAÇÃO ASSUSTA DONAS DE CASA

Alimentação é grupo que mais pesa na inflação apurada pelo IBGE


O consumidor está assustado com os valores de frutas e verduras. Os impostos que já deixaram várias contas mais caras, como a alta de combustíveis, energia elétrica e principalmente do dólar, incidiram diretamente no valor dos alimentos.
De todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE na hora de apurar a inflação, o que mais pesou no mês passado foi o de alimentos. E não é normal pra essa época os alimentos não darem uma trégua.

Seu Antônio planta cebola no interior de São Paulo. Este ano, faltou água e isso prejudicou a lavoura dele e de muita gente.  “O que nós plantávamos aqui diminuiu 30%”, disse Antônio Pila Mengale, produtor de cebola.Com menos cebola para vender, o preço subiu pro consumidor. E também teve aumento de custo pra quem vive da roça. “O adubo, veneno, essas coisas, tá tudo muito caro e cada vez subindo mais, o diesel subindo, então fica muito difícil da gente produzir a cebola”, explicou Antônio.

A 260 quilômetros do sítio do Seu Antônio, Dona Josefa sente de perto todos esses problemas.  E pergunta: Você viu o preço da cebola, do quilo? R$ 7,99.
Está horrível, acho que é melhor eu cozinhar sem temperar, procurar outro tipo de tempero, não a cebola, porque tá uma facada!

Neste ano, a cebola dobrou de preço no país. “A gente acaba colocando um cheirinho verde, alguma coisa pra suprir a cebola, o tomate, essas coisas”, diz uma mulher. Bem lembrado. Tem o tomate também, que subiu 80% desde o começo do ano.

Cenoura, alho e batata também estão mais caros. Os preços dos alimentos in natura subiram em média 16% de janeiro pra cá no estado de São Paulo.

“É o claro aumento de custos que aconteceu no primeiro trimestre do ano, encareceu energia elétrica, taxa de água e esgoto, combustíveis que afetam o preço do frete”, diz o economista Fábio Romão. 

E para driblar esses aumentos Paulo usa uma velha receita: “Você diminui isso, troca por outros alimentos e vai tentando se virar”, conta Paulo.  (Jornal Nacional)

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