MEIO AMBIENTE

Presidente da FUJAMA, Leocádio Neves e Silva

Fujama explica mortandade de peixes

O presidente da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), Leocádio Neves e Silva, esteve na Câmara de Vereadores para comentar sobre os casos de mortandade de peixes nos rios do município. Ele abordou os casos mais recentes, registrados em maio de 2013, novembro de 2014 e fevereiro de 2015.

Segundo Leocádio, estes casos não acontecem de forma isolada e que atualmente existem 48 processos administrativos instaurados na fundação que versam sobre poluição hídrica. Destes, 12 se deram na bacia do Rio Cerro. “Lá se soma 25% das infrações e dos crimes ambientais registrados”, comentou. Dos 48 processos, 38 resultaram em notificações ambientais, 17 em autos de infração ambiental. “Apenas no Rio Cerro aplicamos cerca de R$ 125 mil em multas”, revela.

O representante da Fujama explica que a principal causa de mortandade dos peixes é a falta de oxigênio e que ela pode ser acarretada por diversos fatores que podem trazer repercussões em todo o biossistema. A temperatura elevada da água, a vazão reduzida dos rios e os efluentes de origem humana também são fatores que colaboram para o desequilíbrio ambiental. Ele alerta que a água é o destino final de todo poluente, mesmo que ele tenha sido lançado no ar ou no solo.

O vereador Eugênio Juraszek sugeriu a utilização de uma rede para capturar os peixes mortos que circulam com a correnteza do rio e se acumulam em alguns pontos causando mau cheiro e a morte de mais peixes. Leocádio agradeceu a recomendação e afirmou que a Fujama trabalhará cada vez mais para diminuir estes acontecimentos e evitar o uso de medidas paliativas como a rede.

Jair Pedri questionou maiores informações quanto aos responsáveis por causarem a mortandade dos peixes nos três casos relatados. O presidente da Fujama esclareceu que a imagem das empresas envolvidas deve permanecer preservada até que haja um julgamento formal do ocorrido, mas que o órgão está aberto aos demais pedidos de informação.