Angélia Berndt, doutora em Engenharia de Produção |
Prevenção melhora
qualidade de vida do trabalhador e reduz perdas da indústria, afirma
especialista
Doenças crônicas associadas às rotinas dos trabalhadores são responsáveis
por 80% dos casos de afastamentos na indústria, segundo estudo divulgado pelo
SESI na plenária da ACIJS e APEVI na segunda-feira, 20.
Angélia Berndt, doutora em Engenharia de Produção e consultora do
Instituto de Inovação em Tecnologia para Segurança no Trabalho, apresentou aos
empresários uma realidade que casou surpresa: Santa Catarina já se iguala aos Estados Unidos em casos de obesidade e
sobrepeso, fatores que impactam diretamente na competitividade das empresas.
Ocorrências relacionadas com estresse, explicou, têm causado cada vez mais
doenças cardiovasculares e reduzido a capacidade na adolescência e idade adulta
dos trabalhadores.
"Embora Santa Catarina apresente um nível de escolaridade
mais alto do que o de outras regiões do País e consequentemente um padrão de
renda melhor, isto não se reflete na condição de saúde. O que se verifica é que
o estado tem um registro muito alto de doenças crônicas provocadas por um
péssimo estilo de vida, falta de alimentação saudável e de pouca atividade
física entre os trabalhadores. Esse quadro deixa claro que as pessoas precisam
mudar seus hábitos de vida, com um estilo mais simples, consumindo alimentos
mais naturais, e realizando atividades físicas diárias, fazem um gerenciamento
do estresse nas suas vidas", explicou.
Jefferson Galdino, diretor da Unidade do SESI em Jaraguá do Sul,
comenta que o assunto vem preocupando o Sistema Fiesc porque influencia
diretamente o desempenho da indústria. "Mesmo que o número total de
acidentes no trabalho venha diminuindo, a evolução no registro de doenças
crônicas não transmissíveis é alarmante no Brasil. Hoje 54% dos trabalhadores
são obesos ou estão com sobrepeso, e as consequências são muito ruins para as
empresas e para as famílias dos trabalhadores".
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