13 de agosto de 2011

Vereadores cassam Prefeito de Barra Velha

Sessão de Julgamento durou 9 horas
A chance do prefeito afastado Samir Mattar (PMDB) voltar a comandar a Prefeitura de Barra Velha antes do fim de seu mandato foi praticamente anulada na madrugada deste sábado. Uma votação secreta garantiu a cassação de Samir após nove horas de uma sessão de julgamento, que começou às 19 horas de sexta-feira. Com sete votos a favor do pedido de impeachment, um contra e uma abstenção, os vereadores romperam oficialmente o mandato do ex-prefeito. Bastariam seis dos nove votos possíveis para que fosse batido o martelo a favor da cassação. O processo de impeachment foi levado à votação pela Comissão Especial Processante da Câmara com a principal justificativa de que Samir não respondia a requerimentos do Legislativo. Enquanto esteve no poder, Samir era criticado por suspostamente ignorar os pedidos de informação dos vereadores. Outras cinco denúncias também foram listadas no relatório assinado pelos vereadores Fábio Brugnago (PP), Carlos Alberto da Silva (PR) e Narcizo Manoel Vieira Junior (DEM). Mas não foram apenas as reclamações do relatório que pesaram contra o ex-prefeito na sessão. Por trás da votação está o desgaste político de Samir Mattar desde que a Operação El Niño, da Polícia Federal, veio à tona no dia 7 de julho, quando ele e outros cinco servidores do primeiro escalão do governo municipal foram afastados pela Justiça. Desde então, a Prefeitura passou a ser administrada pelo vice, Claudemir Matias Francisco (PSB). Samir e o grupo ligado a ele são acusados pela PF de desviar recursos federais destinados a cobrir os prejuízos das catástrofes que castigaram a cidade entre 2008 e 2009. O esquema era supostamente colocado em prática com a elaboração de projetos de obras e serviços superfaturados para embasar a solicitação de verbas ao Ministério da Integração Nacional e ao Ministério das Cidades. Agora, a única chance de Samir retomar seu mandato de prefeito será por meio de algum recurso na Justiça. Apesar de a Câmara estar lotada, não houve tumulto durante a sessão de julgamento. Também não houve manifestações a favor de Samir Mattar. (Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS)


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