Ônibus passou reto na curva |
'Na hora do acidente vi que só eu estava em pé',
conta sobrevivente do acidente na Serra Dona Francisca em Joinville
Um
dos poucos passageiros que sobreviveu à tragédia na Serra Dona Francisca, em Joinville, já conversou
com a polícia sobre o acidente e reforçou as suspeitas de que o ônibus de
turismo paranaense ficou sem freio antes de despencar numa ribanceira. Ele
viajava com a mãe, que não sobreviveu.
Internado no Hospital São José, Lucas Vieira, 17 anos, deu detalhes sobre a troca de ônibus durante a viagem, que juntou em um mesmo veículo passageiros que seguiam em separado numa van.
— A gente saiu por volta da meia-noite de lá (União da Vitória -PR). Chegando em Mafra, o ônibus quebrou. Quebrou a embreagem. Aí, a gente passou a noite na estrada, o motorista tentando arrumar o ônibus. Quando amanheceu o dia, veio um mecânico, eles tiveram que desmontar o motor inteiro. Enquanto isso, a van que estava junto foi levando o pessoal aos poucos para o posto, para comer. Por volta das 16 horas, apareceu outro ônibus para levar a gente, com 50 lugares. Eles juntaram os passageiros da van e do ônibus em um ônibus só.
Internado no Hospital São José, Lucas Vieira, 17 anos, deu detalhes sobre a troca de ônibus durante a viagem, que juntou em um mesmo veículo passageiros que seguiam em separado numa van.
— A gente saiu por volta da meia-noite de lá (União da Vitória -PR). Chegando em Mafra, o ônibus quebrou. Quebrou a embreagem. Aí, a gente passou a noite na estrada, o motorista tentando arrumar o ônibus. Quando amanheceu o dia, veio um mecânico, eles tiveram que desmontar o motor inteiro. Enquanto isso, a van que estava junto foi levando o pessoal aos poucos para o posto, para comer. Por volta das 16 horas, apareceu outro ônibus para levar a gente, com 50 lugares. Eles juntaram os passageiros da van e do ônibus em um ônibus só.
“A
gente estava
viajando normalmente. A gente subiu a serra e aí, na descida da serra, eu olhei
e o ônibus ultrapassou uma carreta, enroscando na lateral da carreta. Aí, todo
mundo achou que o motorista tinha dormido porque ele ficou a noite sem dormir,
tentando arrumar o outro ônibus. Quando correu um homem lá na frente, para ver
se ele estava dormido, o homem já voltou gritando que estava faltando o freio.
Aí minha mãe falou: "Filho, se agarra no banco porque não tem freio no
ônibus". Quando olhei, a gente já estava dando a pancada. Quando deu a
pancada, eu apaguei. Acordei só lá embaixo.
—Lá
embaixo só tinha eu acordado e algumas crianças chorando. O resto do pessoal
estava tudo apagado, tinha gente em óbito já lá embaixo. Eu subi no morro e
apareceram dois homens vindo me ajudar. No momento do acidente eu vi que
somente eu estava em pé e somente eu, praticamente, estava vivo.
Três fatores podem ajudar a perícia a determinar as causas do acidente na Serra Dona Francisca, em Joinville
Um dos 4 maiores acidentes ja registrados na história de SC
A perícia nos
destroços do ônibus da empresa Costa e Mar, que caiu na serra Dona Francisca,
em Joinville, matando 50 pessoas, já começou.
Três fatores
podem apontar alguma causa: os destroços do ônibus, que ainda está sendo
retirado, possíveis marcas na pista que não foram identificadas à noite e uma
análise mais detalhada no corpo do motorista e dono da empresa, Cérgio Antonio
da Costa, para saber se ele sofreu algum mal súbito ou havia alguma substância
em seu organismo que pudesse explicar a manobra.
O delegado
regional da Polícia Civil, Dirceu Silveira Júnior, disse que não é possível
adiantar qualquer informação sem que a perícia seja concluída.
A rodovia,
que em alguns trechos é de concreto e não de asfalto, está em bom estado.
O acidente
ocorreu na penúltima curva mais fechada da descida da serra. Para quem está
descendo, é uma curva à esquerda, antes de uma série de casas e
estabelecimentos comerciais. A NOTÍCIA
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